Rússiaministro das Relações Exteriores Sergei Lavrov emitiu um alerta severo durante seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas no sábado, alertando contra tentativas de alcançar a vitória contra um potência nuclear como a Rússia.
O seu discurso, proferido três dias depois de o presidente Vladimir Putin ter sugerido uma mudança na estratégia nuclear da Rússia, foi repleto de acusações dirigidas ao Ocidente, especialmente sobre o seu envolvimento na Ucrânia.
Lavrov disse: “Não vou falar aqui sobre a insensatez e o perigo da própria ideia de tentar lutar até à vitória com uma potência nuclear, que é o que a Rússia é”.
Lavrov rejeitou a fórmula de paz de Zelenskyy, que inclui a expulsão de todas as forças russas da Ucrânia, a garantia de responsabilização pelos crimes de guerra e a libertação de prisioneiros de guerra e deportados, como um “ultimatum condenado”.
A ameaça de confronto nuclear paira sobre a guerra na Ucrânia desde o seu início, com o presidente russo, Vladimir Putin, a enfatizar as capacidades nucleares da Rússia e a colocar as suas forças nucleares em alerta máximo logo após a invasão.
Putin declarou recentemente que um ataque de qualquer país apoiado por uma nação com armas nucleares seria considerado um ataque conjunto, justificando potencialmente uma resposta nuclear se representasse uma ameaça crítica à soberania da Rússia.
Os Estados Unidos e a União Europeia consideraram estas declarações “irresponsáveis”.
A nova postura é vista como uma mensagem aos EUA e a outros países ocidentais, à medida que a Ucrânia procura permissão para atacar a Rússia com armas de longo alcance.
A administração Biden anunciou recentemente um adicional de 2,7 mil milhões de dólares em ajuda militar à Ucrânia, mas não incluiu as armas de longo alcance que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, está a solicitar, nem a permissão para usar tais armas para atacar profundamente a Rússia.
O conflito, que começou com a invasão da Ucrânia pela Rússia em Fevereiro de 2022, continua com a Rússia a obter ganhos lentos mas constantes no leste da Ucrânia, enquanto a Ucrânia ataca repetidamente o território russo com mísseis e drones.