O primeiro-ministro georgiano, Irakli Kobakhidze, teria sido não convidado de uma recepção oferecida pelo presidente dos EUA, Joe Biden, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas (ELE) na quarta-feira.
Kobakhidze deveria discursar na AGNU na quinta-feira e havia sido originalmente convidado para o evento.
O convite de Kobakhidze foi revogado devido ao que autoridades americanas descreveram como “ações antidemocráticas, desinformação e retórica negativa do governo georgiano em relação aos EUA e ao Ocidente”, de acordo com a Embaixada dos EUA em Tbilisi.
Autoridades georgianas confirmaram que os EUA também recusaram todas as reuniões com a delegação georgiana. A porta-voz parlamentar georgiana Shalva Papuashvili condenou a medida, chamando-a de “frívola”.
A relação entre Geórgia e as potências ocidentais têm enfrentado tensões nos últimos meses, em grande parte devido às acusações de autoritarismo e políticas pró-Rússia do partido no poder, Sonho Georgiano, que é visto como influenciado pela ex-primeira-ministra bilionária Bidzina Ivanishvili, de acordo com a agência de notícias Reuters.
Uma lei sobre “agentes estrangeiros” foi aprovada pelo partido no início deste ano, atraindo duras críticas de países ocidentais por sua semelhança com a legislação russa, que supostamente é usada para reprimir a dissidência.
O Georgian Dream Party está se preparando para uma eleição parlamentar em outubro. O parlamentar sênior do Georgian Dream, Mamuka Mdinaradze, acusou Biden de tentar apoiar a oposição, alegando que o desconvite foi motivado politicamente. Enquanto isso, a União Europeia alertou que pode suspender o regime de isenção de visto da Geórgia se a próxima eleição não for conduzida de forma justa e pacífica.
Joe Biden: EUA revogam convite do primeiro-ministro georgiano para recepção de Biden na ONU em meio a relações tensas
Primeiro-ministro georgiano Irakli Kobakhidze e presidente dos EUA Joe Biden (Foto: Agências)
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